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XII Congresso Brasileiro de Bioética e IV Congresso Brasileiro de Bioética Clínica

cong.bioA Bioética brasileira está de braços abertos para reunir todos os pensadores, profissionais, acadêmicos, pesquisadores, estudantes, intelectuais, simpatizantes e iniciantes na área, visando realizar o seu Congresso em 2017.

É com grande satisfação que a Comissão Organizadora convida a todos a participar do XII CONGRESSO BRASILEIRO DE BIOÉTICA promovido pela Sociedade Brasileira de Bioética, e do IV CONGRESSO BRASILEIRO DE BIOÉTICA CLÍNICA promovido pelo Conselho Federal de Medicina – CFM.
A Diretoria da Sociedade Brasileira de Bioética, Regional Pernambuco, comunica que os Congressos serão realizados no Recife-Pernambuco, no período de 26 a 29 de setembro de 2017, nas dependências do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira – Hospital Pedro II, o IMIP, na cidade do Recife – Pernambuco.
Estamos organizando o XII Congresso Brasileiro de Bioética objetivando abrir espaço para o avanço do debate e planejamento da bioética e organizando este evento de modo a que você se sinta em casa durante esses quatro dias.
O XII CONGRESSO BRASILEIRO DE BIOÉTICA terá como objetivo principal alcançar novos patamares palpáveis no avanço da reflexão e encaminhamentos sobre o binômio Liberdades e Responsabilidades no âmbito da bioética, tendo como pontos de partida a discussão intelectual e acadêmica, a reflexão filosófica, a formação e a vivência profissional, a troca de experiências, a pesquisa, os avanços da humanização em todas as áreas a ela sensíveis e as práticas desse saber.
O tema central, que focaliza Liberdades e Responsabilidades, visa refletir sobre o momento da Bioética no Brasil e no mundo, onde reina a inquietação e o questionamento em relação a valores. Tal inquietação se origina em fatos marcantes e questões sociais que devem ser repensados, analisados e avaliados, e ao congresso caberá buscar proposições focais que sirvam ao equacionamento de soluções bioéticas a serem recomendadas.
Como evento, busca contemplar uma abordagem multidisciplinar onde a reflexão e o debate possam conduzir a encaminhamentos por novas propostas educativo-formativas, proposições de relações interpessoais baseadas na prática bioética, interação profissional e de comunicação humana, e nas práticas profissionais em saúde e em relações interpessoais, bem como nas Ciências da Saúde e Ciências Sociais e Humanas.

O desenvolvimento dos Temas Livres constituirão um aspecto de grande importância na programação. Por meio das Apresentações Científicas, a comunidade tem chance de expor, divulgar e trocar experiências nas diversas áreas temáticas da bioética no evento. A discussão dos trabalhos é cada vez maior e mais dinâmica e os Pôsteres e Apresentações Orais serão desenvolvidos em espaço planejado, visando facilitar a absorção, interação face a face e a discussão.
Contamos com sua presença, na certeza que o convívio nos eventos, além de possibilitar a atualização científica será uma oportunidade especial para rever amigos e aproveitar o Recife Sua participação e interação conosco será bem-vinda, na linda e aprazível “Veneza Brasileira”, o Recife, um pedaço feliz do Nordeste, com seu povo acolhedor, suas variadas manifestações culturais, o maracatu, xaxado, bacamarteiros, repentistas, bumba-meu-boi, caboclinhos, serestas, tradições carnavalescas com direito ao passo e a frevo; com suas pontes, passeio pelo rio, restaurantes especiais, visita a Porto de Galinhas, relaxar em suas praias excepcionais e usufruir de seu clima descontraído.

O evento certamente ganhará maior brilho se contar com a sua participação!

A Comissão Organizadora

ARTIGO: Human rights, ethics and the medical profession

Resumo

Direitos humanos, ética e prática médica Este artigo esboça os principais desafios éticos, falhas e complexidades na implementação da medicina ética em tempos de turbulência política e social – mas também em períodos estáveis. Iniciamos com as sequelas da medicina nazista na primeira metade do século XX. O comportamento dos médicos nazistas incluiu crimes contra a humanidade que também ocorriam em outros países e sistemas políticos, incluindo democracias. Recebendo muito menos publicidade (e praticamente sem nenhuma prestação de contas), as experiências realizadas em menor escala por médicos japoneses durante a Segunda Guerra Mundial também trazem lições dolorosas. Outros países também sofreram genocídio embora com menor envolvimento médico. Mas violações bioéticas também têm sido documentadas em sociedades e instituições não atingidas pela guerra ou por políticas genocidas. Devemos refletir profundamente a respeito das atrocidades aqui descritas que ocorreram durante o regime nazista e em outras situações fora de guerras para assegurar que elas nunca mais se repitam.

Palavras-chave: Bioética. Ética. Direitos humanos. Genocídio. Tortura. Medicina.

Bioetica HumanRights Ethics&MedicalProfession2016

12ª Conferência Mundial de Bioética discutirá ética médica e direito da saúde

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A Cátedra Unesco em Bioética realizará de 21 a 23 de março de 2017 a 12ª Conferência Mundial de Bioética, Ética Médica e Direito Médico. O encontro foi concebido com o objetivo de oferecer uma plataforma para o intercâmbio de informações e conhecimentos, além de promover discussões, palestras, workshops e exibição de programas e bases de dados. A conferência será realizada na cidade de Limassol, no Chipre.
médicos, especialmente psiquiatras e médicos envolvidos em Medicina Legal, enfermeiros; psicólogos; advogados; juízes; bioeticistas; filósofos; pesquisadores; escritores; professores; educadores,. reitores e administradores de institutos acadêmicos; rofessores e estudantes de faculdades de medicina, enfermagem, ética, psicologia, filosofia e direito.
Os interessados em participar do programa científico devem enviar resumo para o e-mail confer@isas.co.il.
O prazo para envio termina em 30 de novembro de 2016. Veja aqui detalhes sobre a submissão dos textos.
Para mais informações, consulte também o site: http://www.isas.co.il/bioethics2017-Limassol/index.php

* Com informações do site www.bioethics-conferences.com/

ENCONTRO LUSO-BRASILEIRO, EM SETEMBRO, ABORDA PROTEÇÃO E DESENVOLVIMENTO GLOBAL

logoA Sociedade Brasileira de Bioética (SBB) e o Centro de Estudos de Bioética, de Portugal, estão organizando o IX Encontro Luso-Brasileiro de Bioética e III Encontro Lusófono de Bioética, com parceria com a Universidade Católica Portuguesa. O evento, que versará sobre o tema Proteção e Desenvolvimento Global, acontece de 15 a 17 de setembro de 2016, no Campus da Foz, da Universidade, Rua Diogo de Botelho, 1327.

Constam do programa preliminar Conferências como O impacto das preocupações éticas no desenvolvimento das sociedades; Proteção ambiental – desafios para a bioética num mundo global, e Nascer, viver e morrer num mundo global: da fragilidade à proteção, além de mesas abertas como Cuidar a nossa casa – implicações bioéticas de uma responsabilidade comum e Saúde global, desenvolvimento e bioética, entre outras.

A organização convida a aos interessados nos temas do Encontro a apresentarem suas propostas de comunicação livre e/ou pôster abordando: Proteção ambiental e desenvolvimento: questões éticas(tabagismo, qualidade de vida nas cidades e organismos geneticamente modificados, entre outros); Proteção social e desenvolvimento: questões éticas (Trabalho humano, Ocupação de tempos livres e Cidadania Responsável); e Proteção da saúde e desenvolvimento: questões éticas (financiamento e direito à saúde, acesso a novas terapêuticas e maus tratos).

As inscrições para o IX Encontro Luso-Brasileiro de Bioética e III Encontro Lusófono de Bioética podem ser feitas pelo site oficial do evento, ao custo de 100€ até 1 de julho, e de 150€, até 12 de setembro.

Fonte: SBB

Esem realiza VII Curso de ética e bioética para residência médica

13582064_1057679381006116_1358181826224779968_oA Escola Superior de Ética Médica (ESEM) do Cremepe realizou a 7ª edição do curso de atualização em ética e bioética para residência médica nesta quinta (30/06) e sexta (01/07), no Mar hotel, em Boa Viagem. O curso tem a parceria da Comissão de Estadual de Residência Médica (Cerem/PE) e o apoio do Conselho Federal, Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) e Associação Médica do Estado. É a oportunidade que os residentes têm de revisar as normativas da profissão através do Código de Ética e a atuação das entidades na fiscalização do ético exercício profissional. Mais de 500 residentes participaram do curso.

Cerca de 1600 médicos residentes atuam em Pernambuco em diferentes especialidades mas com o dever comum de atuar baseados nos princípios da moral e ética. O curso teve o objetivo de atualizar os residentes no tema para que possam fazer a melhor escolha no momento de deliberar sobre estas questões no dia a dia das unidades de saúde. São casos de transporte de pacientes, como proceder no momento das transferências, troca de plantão, além de situações adversas que é preciso levar em consideração a comunicação com o paciente e seus familiares.

Para abrir o evento, nesta quinta (30), o presidente do Cremepe, André Dubeux, explicou a importância de unir profissionais com experiência com os médicos que estão começando na residentes. “O momento que nós estamos atravessando nacionalmente é um momento muito difícil. A carreira médica que vem sendo colocada em questão, por isso, precisamos valorizar estes momentos. Vamos mostrar o quanto é importante ser médicos, das prerrogativas, do juramento de Hipócrates até os dilemas que passamos”, indicou Dubeux.

Ainda na oportunidade, a diretora da ESEM, Helena Carneiro Leão fez um resgate histórico da Escola, explicou que o curso é uma conquista de Pernambuco e já se tornou referência para outros estados. “Pernambuco conquistou este espaço na Comissão Nacional de Residência médica e desde então este é o sétimo ano que nós realizamos. Este pouco tempo pode se transformar em muito pensando nas condições de conflitos que nós temos que deliberar nas situações que vivemos”, analisou.

A cerimônia de abertura contou com a presença de lideranças da medicina, acadêmicos e gestores como o secretário de saúde de Pernambuco, José Iram Costa, o secretário de saúde do Recife, Jailson Correia, o presidente da Comissão de residência médica, Eduardo Jorge, a vice-presidente do Sindicato dos Médicos, Cláudia Beatriz e Marcos Villander, diretor do Simepe e representante dos residentes. Já das universidades, Marcelo Borges representou a faculdade de Olinda e Guido Correia de Araújo representando o reitor da Universidade Federal de Pernambuco.

Conferência e discussão de casos

No início dos trabalhos, o Conselheiro de Alagoas e especialista em bioética pela Universidade do Porto, José Humberto, apresentou a conferência sobre a medicina baseada em evidências/ medicina centrada na pessoa: parceiros ou oponentes. Ele mostrou que a comunicação entre médico e paciente é fundamental. “ A deliberação isenta de qualquer tipo de coação, utilizando: o diálogo simétrico e respeito, além dos valores morais de todos os envolvidos, defendido por Habemas”.

Na sequência, os residentes foram divididos em grupos para discutir casos relacionados à ética. A ESEM construiu alguns casos do dia a dia do médico e indicou as resoluções do CFM e Cremepe relacionadas às situações. Entre as normativas estavam as resolução Nº 08/2004, Nº 01/2005, Nº 03/2010 e Nº 11/2014.

Julgamento simulado

O segundo dia de evento também contou com a participação dos conselheiros do Cremepe para a simulação de um julgamento simulado. O curso terminou às 12h e os residentes que não pegaram o certificado podem entrar em contato com a escola através do email escoladeetica@cremepe.org.br

VII Curso de Atualização em Ética e Bioética para residência médica

ATUALIZA

O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), através da Escola Superior de Ética Médica (ESEM) realizará nos dias 30/06 e 01/07 o VII Curso de Atualização em Ética e Bioética para residência médica. O evento será realizado no Mercure Recife Mar Hotel, em Boa Viagem. Os programas de residência médica devem enviar a lista dos médicos residentes que devem participar do encontro. O curso também é promovido pela Comissão Estadual de residência médica do Estado e têm o apoio do Conselho Federal de Medicina (CFM), Sindicato dos médicos (Simepe) e Associação Médica de Pernambuco (AMPE). A coordenação do curso é da conselheira e diretora da ESEM, Helena Carneiro Leão.

PROGRAMAÇÃO

 VII CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM ÉTICA E BIOÉTICA PARA RESIDENCIA MÉDICA.

 Data: 30/06 e 01/07/2016

Local: Auditório do Mercure Recife Mar Hotel conventions.

 Dia 30/06 – Quinta-feira

 14h – ABERTURA

 Palavra de componentes da Mesa.

 14h20 às 15h10 – CONFERÊNCIA: “MEDICINA BASEADA EM EVIDENCIAS/MEDICINA CENTRADA NA PESSOA: PARCEIROS OU OPONENTES.”

 Conferencista: Dr. Prof.º Wilson Alves de Oliveira Junior. (PE)

 Presidente: Cons.º Dr. André Dubeux (Presidente do CREMEPE)

 15h10 às 15h25 – Distribuição- Salas de Discussões de Casos.

 15h30 às 16h30 – Discussão de CASOS CLÍNICOS – Coordenação: Conselheiros do CREMEPE.

 17h00 às 18h00 – Plenária:  Apresentação dos Casos discutidos.

 Coordenação: Dra. Jane Lemos

 Dia 01/07 – Sexta-feira

 08h00 às 09h30 – MESA REDONDA: RESPONSABILIDADE ÉTICA DO RESIDENTE – SIGILO PROFISSIONAL – DILEMAS ÉTICOS DO COTIDIANO DO MÉDICO.

 Responsabilidade Ética do Médico Residente – Profª Maria do Patrocínio Nunes. (USP)

Sigilo Médico – Cons.º Profº. Horácio Fittipaldi (PE)

Dilemas Éticos e Bióticos no cotidiano do Médico.– Profº. Dr. José Humberto Chaves (AL)

 Coordenação: Dra. Helena Carneiro Leão

 09h30 às 09h50 – Debates.

 09h50 às 10h10 – Intervalo.

 10h10 às 12h JULGAMENTO SIMULADO.

 12h30 – Encerramento.

Esem promove aula de ética para recém-formados da UFPE

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A  Escola Superior de Ética Médica (Esem) do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) reuniu os recém-formados em Medicina pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) para aula de ética médica na tarde desta sexta-feira (11.12), na sede do Conselho, no Espinheiro.

Para dar início à aula, foi convidada a conselheira Zilda Cavalcanti que abordou temas como código de ética, os desafios éticos e bioéticos, responsabilidade profissional, e mais complicado na opinião da conselheira, a autonomia na modernidade. “Devemos respeitar a vontade e o desejo do paciente, e claro, respeita-los como seres humanos, não enxerga-los apenas como paciente.”, afirmou.

No final da aula, foi exibido o vídeo, “Vale a pena ser médico”, para os recém-formados terem um momento de reflexão sobre sua atual profissão e toda a dificuldade e desafios que vão vir pela frente.

Também esteve presente a psiquiatra, secretária geral e conselheira, Jane Lemos, que fez as honras em nome da Escola e deu continuidade a aula falando sobre o Papel dos conselhos de ética médica.

PRORROGADO: Prêmio de Incentivo à Ética e Bioética Professora Maria Clara Albuquerque

O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), através da Escola Superior de Ética Médica e a Associação Médica de Pernambuco (AMPE), promovem a 2ª edição do prêmio de Incentivo à Ética e Bioética Professora Maria Clara Albuquerque. O prêmio tem como objetivo incentivar e contribuir, por meio de um concurso de monografias, o conhecimento e aprimoramento das questões de ética e bioética.

Este ano, os trabalhos podem ser inscritos até o dia 02 de fevereiro de 2015, na sede do Conselho, no Espinheiro. A premiação é anual e será concedida à melhor monografia sobre “Compromisso Ético e Social do Estudante de Medicina” de alunos de medicina a partir do 3º período do curso.

Confira na íntegra o edital:

CONCURSO DE MONOGRAFIA – PRÊMIO DE INCENTIVO À ÉTICA E BIOÉTICA – MARIA CLARA ALBUQUERQUE.

        Com o objetivo de incentivar e contribuir para o conhecimento e aprimoramento das questões de ética e bioética, temas de relevância para a formação e qualificação do médico, a Escola Superior de Ética Médica do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco instituiu pela Resolução CREMEPE Nº 001/2013 o CONCURSO DE MONOGRAFIA – PRÊMIO DE INCENTIVO À ÉTICA E BIOÉTICA – Prof.ª MARIA CLARA ALBUQUERQUE destinada aos estudantes de medicina de Pernambuco.

       O nome do Prêmio foi escolhido como forma de homenagear a médica Maria Clara Feitosa Albuquerque, pela sua atuação pioneira e excelente contribuição à Bioética.

        Para melhor conhecimento resumimos seu currículo:

Médica graduada pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1977. Residência Médica pelo Instituto Materno Infantil de Pernambuco (1979); Especialização em Neonatologia e Terapia Intensiva pelo Hospital Materno- Infantil Ramon Sarda de la Municipalidad de Buenos Aires (1988); Especialização em Bioética pela Universidade de Brasília (1999) com o trabalho : “Da Casa-Grande à Senzala: Relação Médico-Paciente. Um Enfoque Bioético”, Mestrado em Saúde da Criança e do Adolescente pela Universidade Federal de Pernambuco (1993); Doutorado em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília (2002) , defendendo a Tese: “Enfoque Bioético da Comunicação na Relação Médico-Paciente nas Unidades de Terapia Intensiva Pediátrica”; Professora . Adjunta do Departamento Materno-Infantil da UFPE, com atuação na área de puericultura, Coordenadora do módulo de Bioética no curso de Medicina da UFPE e de outros cursos de graduação da área de saúde na UFPE. Docente de Bioética na Pós-graduação em Saúde da Criança e do Adolescente e na Pós-graduação em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento da UFPE. Integrou o Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo seres humanos do Centro de Ciências da Saúde da UFPE e a Câmara de Bioética do CREMEPE. Participou de congressos nacionais e internacionais na área de bioética assim como foi autora de artigos em periódicos especializados e publicou o livro “A ética, a bioética e o humanismo na pesquisa científica (EDUPE, 2004)

REGULAMENTO.

1º – O Prêmio é anual e será concedido a melhor monografia versando sobre Ética e Bioética, inscrita de acordo com as instruções desta normatização e escolhido por uma Comissão Julgadora constituída por três membros escolhidos pela Escola e aprovada pela Diretoria do Conselho Regional de Medicina.

2º – A Monografia sobre tema de ética e bioética destina-se a estudantes de medicina devidamente matriculados em Escolas de Medicina de Pernambuco e a partir do 3º período do curso.

3º – O trabalho deverá ser inédito e versará sobre tema de Ética e Bioética escolhido pelos membros da Escola Superior de Ética Médica do CREMEPE e divulgado por ocasião da abertura das inscrições.

4º – O Prêmio poderá não ser concedido se a Comissão Julgadora considerar que os trabalhos inscritos não tem mérito suficiente ou não atendem aos critérios estabelecidos.

5º – As monografias deverão seguir as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), ser entregue em CD, no formato PDF, com no mínimo 20 páginas e no máximo 30, e, em pelo menos, uma via impressa. Os materiais não serão devolvidos aos participantes. O detalhamento destas normas será exemplificado em modelo através do  Portal do CREMEPE – www.cremepe.org.br.

6º – O Premio será amplamente divulgado com o seu regulamento e normas técnicas  disponibilizados no Portal do CREMEPE (www.cremepe.org.br).

7º – O primeiro colocado receberá diploma de reconhecimento do mérito do trabalho e placa alusiva ao Prêmio, concedidos pelo CREMEPE, e, um tablete Apple iPad mini Tela Retida Wi-Fi 16 GB que será doado pela AMPE- Associação Médica de Pernambuco.

8º – As monografias deverão conter apenas o título do trabalho e o pseudônimo do autor, não sendo permitida a sua identificação, sob pena de ser desclassificado aquele que seja identificado.

9º – Os dados do participante tais como: nome completo, endereço, cópia de documentos de identificação e meios de contato do autor deverão estar, obrigatoriamente, em envelope separado e lacrado, não transparente e anexo à monografia.

10º- As monografias, seus arquivos e envelope com pseudônimo do autor serão acondicionados em envelope maior, constando: ‘CONCURSO DE MONOGRAFIA – PRÊMIO DE INCENTIVO À ÉTICA E BIOÉTICA – Prof.ª MARIA CLARA ALBUQUERQUE.” com o endereço do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco – Rua Conselheiro Portela, nº 203 – Espinheiro – Recife – Pernambuco, CEP 52 020-030.

11° – A entrega do material poderá ser via Sedex ou mediante protocolo na sede do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco.  Para entrega pelos Correios, via Sedex, deverá constar o nome do Concurso e como remetente o pseudônimo do autor, sendo endereçado à sede do CREMEPE. Para entrega através de protocolo deverá constar o nome do Concurso e como remetente o pseudômino do autor.

12º – O tema escolhido para o Concurso de 2014 foi “COMPROMISSO ÉTICO E SOCIAL DO ESTUDANTE DE MEDICINA”, e o prazo definido para inscrição e entrega da monografia será de 1 de dezembro de 2014 (segunda-feira) a 02 de fevereiro de 2015 (segunda-feira) até às 17hs, o mesmo prazo vale para as inscrições por Sedex.

13º – No ano de 2015, o resultado preliminar do Concurso será divulgado, pelos meios de comunicação deste Conselho e aos autores até 24 de fevereiro (terça-feira). O prazo para recurso será de 25 de fevereiro (quarta-feira) a 02 de março (segunda-feira). A publicação final acontecerá no dia 10 de março de 2015 (terça-feira).

14º – A entrega do Premio será em solenidade previamente definida e divulgada pela Escola Superior de Ética Médica e Diretoria do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco.

15º – Os autores das monografias ficam cientes da cessão dos direitos autorais de seus trabalhos que serão selecionados e publicados nos meios eletrônicos do CREMEPE ou em outros meios que julgar necessários e possíveis, sem que possa, entretanto auferir lucros.

ESCOLA SUPERIOR DE ÉTICA MÉDICA DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA.

Recife, 24 de novembro de 2014.

Da Assessoria de Comunicação do Cremepe

14º simpósio catarinense de bioética

 

No dia 22 de novembro será realizado no Centro de convenções do hotel Bourbon, em Joinvile, Santa Catarina, o 14º Simpósio Catarinense de Bioética. O tema será ética e predição: um novo desafio. Clique aqui e se inscreva.

Programação:

8h-9h Inscrições

9h – 9h30 Cerimônia de Abertura

9h30 – 10h30 Conferência
A Bioética entre a Vunerabilidade e a Dignidade
Prof. José Carlos Abellán (Madrid, Espanha)

10h30 – 11h Brunch

11h – 13h Mesa Redonda

                  Bioética e Predição Médica: Um novo desafio

Coordenação – Bruno Schlemper Jr.
O Povir nas Tecnociências – Antônio Sérgio Baptista
Ética na Genética – José Carlos Abellán
Inquietude Ética na Área da Saúde – Jose Eduardo Siqueira
A Ética na “Era Biológica” – Élcio Luiz Bonamigo

13h – 13h15 Encerramento

13h15 – 14h Encontro com Autores

Da Assessoria de Comunicação do Cremepe

A bioética na formação médica

Prof. Josimário Silva*

Educar é com certeza uma das mais difíceis tarefas na construção social de uma nação. Há uma tendência natural do educador em ensinar de acordo com a sua percepção e seus valores e nesse processo a transmissão do conhecimento não dá espaço para que haja um diálogo mais aberto e reflexivo entre educando e educador. Mas educar é acima de tudo não dogmatizar. E ai está o grande desafio do educador: Como educar sem dogmatizar. Enquanto educadores devem perceber que houve mudanças no processo ensino / aprendizado e o que era unilateral centrado na figura do educador, passa a ser dinâmico, cabendo ao aluno buscar a solução dos problemas e, ao professor, orientar e ajuda-lo a superar as dificuldades e limitações. O educador deve manter compromissos pessoais, morais e sociais que lhe geram responsabilidades técnicas e éticas e na área médica acrescenta-se ainda o caráter altruísta, de solidariedade, de ajuda e de proteção que deve estar presente em toda relação pedagógica e em toda conduta médica. Mas é importante que se estabeleça essa relação sem paternalismo e com isso não se restringe a capacidade de autonomia de pensamento, o que fragilizaria o processo formativo diante das inúmeras situações e angustias que surgiram no cotidiano clínico. O conhecimento é um processo de construção contínuo e permanente, onde os interlocutores devem estar sempre sensíveis às mudanças que a ciência proporciona durante o seu desenvolvimento. Não podemos esquecer que a fundamentação que dá esteio a Medicina está nas ciências biológicas, humanas e sociais. Outro grande desafio do educador na área médica é sintonizar o ensino às exigências contemporâneas (alta tecnologia, grande volume de informação, manutenção do padrão social elevado, discrepância social no acesso aos serviços de saúde e direitos civis), enfatizando o papel social do ensino. A formação médica desde o início vem primando pela técnica, pelo o uso da tecnologia na resolução de todos os problemas e falhas que o organismo possa se deparar. Ensinamos aos nossos alunos e residentes que a cura do paciente será atingida se eles forem tecnicamente competentes e utilizarem todos os recursos tecnológicos disponíveis, mas esquecemos de dizê-los que as máquinas também falham e quando isso acontece, não ensinamos a estabelecer um diálogo franco e aberto com o paciente, que na realidade é a premissa básica na relação médico/paciente.

A introdução do tema bioética na graduação dos cursos médicos abre uma nova perspectiva na formação do futuro médico. Como se posicionar diante de problemas éticos e dilemas morais comuns ao cotidiano médico? Como aceitar a pluralidade de opinião e valores nas intervenções em saúde? Observamos o impacto que os temas como aborto, eutanásia, direito de decidir, diretivas antecipadas, etc…causam nos alunos que estão ávidos pelas disciplinas práticas e os estágios. Aquele falso universo de onipotência que já se instalou culturalmente na cabeça de muitos estudantes começa a ruir e eles percebem o quanto está fragilizado diante da possibilidade de ter que decidir por outra pessoa, doente, vulnerável e que muitas vezes não conseguem dimensionar os riscos agregados a sua patologia. Não é simples tomar decisões no contexto médico, principalmente quando está em jogo valores morais distintos. A medicina contemporânea vem por um lado promovendo e intensificando o modelo tecnicista, que tem trazido tantos avanços na cura de doenças, no diagnóstico precoce e nas intervenções terapêuticas cada vez mais cedo e por outro lado, provocando a necessidade de se repensar o modelo de relação médico-paciente. É de se questionar se esse avanço tecnológico não está de certa forma influenciando na não aceitação de aspectos como  a espiritualidade e culturalidade que são inerentes a todos os seres humanos. Em uma sociedade de direitos e deveres, cabe ao profissional entender a capacidade de deliberar do paciente e a responsabilidade que tem o profissional de orientar e ajudar para que a deliberação possa atender o real interesse do indivíduo que na sua vulnerabilidade, encontra-se fragilizado para uma tomada de decisão mais coerente com o seu quadro clínico. Mas como ensinar ética em medicina se ainda existem pensamentos doutrinadores que não permite o estabelecer do diálogo nas atividades acadêmicas? Como ensinar ao estudante a ter postura ética se não darmos a ele à liberdade de fazer reflexões críticas e com isso torna-lo aliado de um modelo pedagógico participativo onde todos os atores são responsáveis pela formação. A ética hipocrática ainda tão presente na formação profissional, deve ser contextualizada em uma nova perspectiva, tendo em vista que novos dilemas e conflitos se estabeleceram nas relações em medicina. Historicamente o modelo de relação médico / paciente hipocrático, vem prevalecendo ao longo do tempo. Esse modelo também denominado consequencialista ou sacerdotal coloca o profissional de saúde em uma posição paternalista em relação ao paciente, onde em nome do princípio da beneficência são tomadas todas as decisões desconsiderando desejos, crenças e opiniões do paciente. Esse é um processo de baixo envolvimento, que tem como base uma relação de poder entre o médico e o paciente. Mas como ensinar ao nosso estudante que o princípio moral que rege a relação entre médico e paciente é o das virtudes? Buscar o justo equilíbrio entre a necessidade da intervenção e o direito de autonomia do paciente é o maior desafio na medicina contemporânea. Esse processo deve ser iniciado desde a entrada do aluno na faculdade. Respeitar e compreender a ambigüidade moral das decisões que enfrentam e não deixar de buscar o que é certo e bom em cada decisão é um grande desafio. O ensino de ética e bioética no curso médico tem sido motivo de intensos debates nos últimos anos. Esse fato é motivado por mudanças que vêem ocorrendo nos campos sociais, culturais, econômicos, tecnológicos e políticos. Faz-se imperioso melhor qualificar a formação ética do profissional médico por ser essencial em seu labor cotidiano, bem como no relacionamento com pacientes e seus familiares e a comunidade em geral. O século XXI pede por profissionais habilitados para tomarem decisões prudentes frente aos dilemas morais relacionados à saúde humana. A publicação do Relatório Flexner contendo a realidade da medicina do início deste século e as propostas de mudança para que se chegasse à medicina científica da atualidade, acarretou um distanciamento entre a Medicina e a Ética. A medicina científico-tecnológica “prescindia” de reflexões éticas, o que trouxe consequência ao ensino e à prática médica. Dois levantamentos realizados em 1985 e 1992 mostram a situação do ensino da ética nos cursos de graduação em medicina no Brasil e nos permitem concluir pela implantação do conteúdo de Bioética durante todo o processo formativo do futuro médico. 

 

*Coordenador do Núcleo e Estudo e Pesquisa em Bioética da UFPE

Membro da Escola Superior de Ética Médica